quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vencendo a Ansiedade



Ansiedade é uma característica biológica do ser humano que antecede momentos de perigo real ou imaginário e é marcada por sensações corporais desagradáveis. Segundo alguns especialialista ela poderia ter uma origem genética se manifestando desde a tenra idade. Podendo também se originar em uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, acabam tornando-as ansiosas. Uma terceira hipótese diz que ela se origina na dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle.  Ela está relacionada à forma como a pessoa imagina um evento futuro, como por exemplo, o medo de falar em público, onde o ansioso acha que todas as pessoas na platéia vão rir dele.

A ansiedade é uma distorção de um processo vital para nós, sendo uma sensação absolutamente normal para os seres humanos. Ficamos ansiosos de vez em quando, seja na véspera de uma prova ou de uma entrevista de emprego, seja antes de uma consulta médica, por causa das contas chegando ou da rua escura em que andaremos mais tarde sendo nesse sentido benéfica para nós. Contudo, existem situações em que a ansiedade passa a nos dominar, guiando nossas ações e nesse caso fazemos suposições catastróficas sobre o que vai acontecer em um evento futuro. Esse processo tem potencial para gerar esperança ou medo, alegria ou dor. Para que uma pessoa fique ansiosa, ela tem que aumentar a significação de um perigo, criando assim distorções de algumas situações aparentemente simples, tornando-se uma verdadeira doença que ao invés de servir para nos proteger e motivar passa a existir por si mesma, favorecendo o aparecimento de vários distúrbios e causando insegurança na vida cotidiana.

A ansiedade ao contrário do medo, não tem um objeto concreto e sim é gerada como uma resposta a uma ameaça vaga, indefinida. Viver ansioso significa viver com medo de alguma coisa que não podemos identificar (portanto, não podemos combater) e isso pode nos tornar inseguros em relação a tudo. Quando apresenta uma intensidade excessiva e uma duração prolongada, caso a pessoa não consiga manter o controle sobre suas emoções, é necessário procurar um médico para realizar um tratamento adequado. Em decorrência da ansiedade patológica é possível que as pessoas desenvolvam a síndrome do pânico, bem como determinadas fobias direcionadas (como fobias de animais, ferimentos, morte, tempestades, doenças e altura, entre outras), TOC (transtorno obsessivo compulsivo), ansiedade generalizada e outras condições que dificultam muito a vida de quem está doente. Sendo que existe uma relação entre ansiedade e depressão que deve ser considerada para evitar que quem sofra com uma doença não desenvolva a outra.

O tratamento para a ansiedade patológica depende muito de cada caso e deve ser acompanhado por um psiquiatra. Fatores biológicos para a ansiedade, como a liberação de certas substâncias pelo cérebro, passam a ser controlados através de remédios e o paciente busca entender e resolver o que  a desencadeou. Os medicamentos usados para o tratamento desse mal são os ansiolíticos e antidepressivos que podem acabar deixando o paciente dependente de seu uso. Um dos efeitos adversos dos antidepressivos pode ser a perda das emoções, deixando a pessoa parecida com um zumbi, sem reagir a estímulos emocionais. A força de vontade e o auxílio psicológico são fundamentais nesse processo, assim como o apoio familiar e dos amigos mais próximos. Como a depressão, ela é uma doença da qual a pessoa dificilmente conseguirá se livrar sozinha.  

Estudos recentes publicados em uma revista americana afirmam que fazer exercícios físicos regulares é um dos segredos para vencer a ansiedade. Pararelo a isto, novos tratamentos emocionais estão sendo divulgados em todo o mundo, a fim de aliviar a depressão, a ansiedade e o stress com um leque de métodos naturais que se baseiam mais nos mecanismos de cura natural do corpo do que na linguagem ou nas drogas.

Caros amigos, vivemos em uma época em que a sociedade cada vez mais se desenvolve visando o bem estar e a comodidade do futuro. De crianças a adultos é notória a presença de preocupações, seja no âmbito  profissional, escolar, familiar, sentimental e espiritual.  Sendo crescente o número de pessoas que trabalham visando especialmente o lado financeiro e isso involuntariamente gera certa ansiedade.

Em vários trechos na Bíblia Sagrada Deus adverte seus filhos a não ficarem apreensivos por qualquer situação, ficando evidente Ele não querer de forma alguma nossa preocupação com os aspectos que envolvam a vida terrena. Para  exemplificar isto, vou encerrar esse arquivo citando o  Evangelho de Mateus, capítulo 06, versículos 25 a 34 que diz:

“ Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?

Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?

E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.

Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?

Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário