segunda-feira, 18 de março de 2013

Idiotices S/A







A ideia de escrever esse texto surgiu em um dia desses quando estava transitando com meu carro e ia atravessar uma avenida movimentada da cidade. Era horário de pico,  final da tarde, sendo necessária uma paciência de Jó para atravessar a via. De repente um engraçadinho que estava com seu carro atrás do meu começou a dar farol alto e fazer gestos com as mãos, como se quisesse por um passe de mágica ver o meu carro levantar voo e milagrosamente passar para o outro lado. E o pior de tudo é que o “esperto” estava junto com uma mulher e duas crianças. E não são poucos os casos de apressadinhos desse tipo, pessoas que ao invés de saírem mais cedo para seu destino, sem ter que correr desesperadamente colocando em risco a própria vida e a de outras pessoas, preferem deixar tudo para a última hora. Enfim, esperar o que de uma pessoa que não se preocupa com a integridade nem dos seus? Sinceramente, só espero que não cause acidentes com inocentes por aí.

Ainda no trânsito é normal (será mesmo?), vermos pessoas fazendo conversões sem utilizar as setas, ou dando seta para um lado e virando para o outro, como se o motorista que viesse atrás fosse adivinho. Esse é um dos inúmeros motivos do número de acidentes estar tão alto, causando a morte, ou o mutilamento de várias pessoas. E quem arca com o ônus material somos nós os contribuintes, pior ainda os inocentes que podem pagar com a própria vida.

As famosas faixas de pedestre são um caso a parte, muitos transeuntes não as respeitam passando fora da mesma, muitas vezes andando no meio fio ou até mesmo entre os carros. Por outro lado, os motoristas brasileiros, às vezes parecem estar possuídos por uma força maligna. Quando o pedestre pisa na faixa para atravessar (sim alguns respeitam a faixa), o motorista ao invés de diminuir, pelo contrário pisa no acelerador e aumenta ainda mais a velocidade, como inconscientemente (assim espero), quisesse atropelar o pobre transeunte.

Não esquecendo os amigos motociclistas (eu mesmo me incluo entre eles), esses na maioria das vezes respeitam o trânsito e suas leis. Porém, temos também os famosos "motoqueiros" (muitos deles nem habilitados são), que vivem desrespeitando as leis de trânsito, fazendo conversões proibidas e ultrapassagens perigosas, não tendo consciência que em caso de acidente de trânsito, seu próprio corpo funciona como para choque. Quantas mortes poderiam ter sido evitadas.

Uma melhor Educação no trânsito é essencial, imprescindível, fundamental e já passou da hora de ser realizada de uma maneira séria e contínua.

Falando em educação, ou melhor na falta dela, os exemplos são os mais variáveis possíveis, como os “exibidos” (para não dizer outra coisa), que ouvem música de gosto duvidoso no volume máximo dentro do transporte público, ou até mesmo em escritórios de empresas privadas ou repartições públicas, como se todos tivessem o mesmo gosto musical dos “santos”. É muita babaquice, não sei o que passa na cabeça desses seres. Devem ser pessoas mal amadas e que precisam chamar atenção do mundo, ou babacas mesmo que pensam estar abafando.

Existem também aqueles que não ouvem música, mas ficam conversando, batendo papo no meio da calçada atrapalhando a passagem dos outros e não se tocam como se fosse uma coisa normal atrapalhar o ir e vir. Bom, talvez na cabecinha deles seja. Devem ser os mesmos que ficam na porta da saída do ônibus lotado, sendo que vão descer no ponto final da linha.

Não podemos esquecer os porcalhões que jogam lixo fora dos cestos (no caso de sua cidade ter cestos não é mesmo, afinal de contas muitas não os têm e quando possuem boa parte foi depredada e está em péssimas condições), emporcalhando toda a cidade, tornando o ambiente feio e sujo. Daí quando chove o lixo gerado acaba entupindo os bueiros ocasionando enchentes que além de poder provocar alagamentos e mortes, acaba trazendo consigo uma série de doenças. Com isto aumenta a procura aos postos de saúde, aumentando as filas, a demora no atendimento criando  um círculo vicioso e oneroso aos cofres públicos, oriundo da incompetência de uns e da falta de educação de tantos outros.

Enquanto isso na escola, antes deixa contar um “causo verídico”. Um dia desses estava maior bagunça em frente da casa do “Senhor Z”, uma verdadeira algazarra, algumas crianças (na verdade eram 3, mas parecia mais um verdadeiro exército), bagunçando e subindo em uma árvore localizada na sua calçada. O senhorzinho como é muito gente boa e sabe que os galhos da árvore são finos e fracos, abriu o seu portão não para chamar atenção deles, mas sim para preveni-los de uma possível queda, afinal de contas eles brincavam (bagunçavam), na rua e as pobres genitoras nem sabiam. E qual foi à surpresa do mesmo ao ver que as mães dos “anjinhos” estavam bem leves e tranquilas sentadas na calçada, como se nada estivesse acontecendo. Uma maravilha não é mesmo. Quando viram o “Senhor Z” eles sumiram, uma mãe olhou assustada em direção ao bondoso homem e nada disse, ele fechou o portão e entrou. Pensou: Educação vem do berço. Agora podemos voltar a falar da escola e vocês vão entender o porquê da história introdutiva do “Senhor Z”. Imaginem que os adoráveis que infernizaram o pobre velhinho estudavam na escola do bairro e pelo comportamento em casa vocês já devem imaginar que nas aulas não era nada diferente. Falta de respeito para com os colegas e professores tornou-se via de regra para eles. Até que um dia, uma professora resolveu dar um basta na história e juntamente com a direção advertiram os meninos e convocaram as mães dos mesmos para comparecer na escola. Elas prometeram dar um jeito nos filhos, chamar a atenção deles? Nada disto, aliás, muito pelo contrário, foi uma verdadeira briga, um show de palavrões e ofensas contra diretor e professores, uma baixaria sem tamanho. E assim é a vida dos nossos mestres que deveriam ser valorizados e tratados com mais respeito, como ocorre em todas as nações desenvolvidas.

Ainda falando em escola, veio a mente outra história, aí já mostrando o outro lado da moeda, ou seja, o despreparo de alguns funcionários. Senão vejamos, uma aluna das mais inteligentes e aplicadas, estudante do período da manhã em uma conceituada escola e que à tarde faz outras atividades extracurriculares, um dia desses após sair do curso dirigiu-se a sua escola que  coincidentemente é a mesma onde sua irmã mais nova estuda, a fim de buscar a mesma para irem juntas para casa. Até aí tudo bem, nada de anormal, foi quando a esforçada e brilhante jovem decidiu ir à cantina comprar chocolate e foi estupidamente impedida por um inspetor de alunos, que por motivos ignorados começou a deferir palavras ríspidas contra a jovem, não deixando que a mesma explicasse a situação. Não precisa disto para mostrar autoridade. Esse não é um exemplo a dar para uma jovem em formação, ainda mais uma das melhores alunas da escola e que amanhã será o futuro de nossa nação.

E o que dizer do tratamento dispensado aos idosos, seja pelas autoridades, pela sociedade em geral e principalmente pela família? Em muitos casos não anda nada bem. Da parte do governo eles recebem um salário miserável que não supre suas necessidades básicas, fato que leva muitos a continuar trabalhando mesmo após a aposentadoria. Muitos não possuem um plano de médico e são obrigados a passar por humilhações em hospitais e postos de saúde públicos. A sociedade os trata como ultrapassados, como um peso. Comete contra eles uma grande injustiça porque eles já fizeram sua parte para o progresso da nação e agora na velhice merecem ser tratados com mais respeito e dignidade. Vagas reservadas a idosos são frequentemente ocupadas por pessoas mais jovens e no transporte público pessoas na flor da idade sentam em lugares reservados para eles e quando o idoso entra fingem estar dormindo. A família muitas vezes “dispensa” os pobres em asilos com a desculpa de que serão mais bem tratados, privando-os do bem mais precioso que necessitam: o Amor.

E o que falar dos animais pobres e indefesos, muitas espécies selvagens já foram extintas com interferência direta dos seres humanos, quem sabe para algum colecionador ter o mesmo empalhado em sua coleção. Ou para uma ricaça qualquer ter um casaco de pele que provavelmente usará algumas poucas vezes. Que gosto veem nisto? Tem gosto para tudo. Quanto aos domésticos, graças a Deus a maioria (creio eu), é tratada até como um verdadeiro membro da família recebendo muito amor e carinho. Contudo, infelizmente há aqueles que não possuem um lar e vivem perambulando pelas ruas, passando fome, frio, sede e sendo maltratados por pessoas sem coração. Como pode uma pessoa normal fazer o mal a um ser vivente inocente? Com toda certeza só pode ser alguém doente e sem alma.

Amigos, esses são apenas alguns exemplos de ações, digamos não muito inteligentes, cometidas por pessoas que se acham donas do mundo, acima do bem ou do mal e que tem dificuldade em viver em sociedade, ou por mentes doentes que conseguem um prazer doentio praticando o mal contra os seres humanos ou animais indefesos.

Infelizmente, você já deve ter vivenciado ou ainda vivenciará situações assim no seu dia a dia. Ultimamente idiotices só fazem aumentar.


Luís Fernando Bruno

2013 

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