Ansiedade é uma característica biológica do ser humano que antecede momentos de perigo real ou imaginário e é marcada por sensações corporais desagradáveis. Segundo alguns especialialista ela poderia ter uma origem genética se manifestando desde a tenra idade. Podendo também se originar em uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, acabam tornando-as ansiosas. Uma terceira hipótese diz que ela se origina na dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle. Ela está relacionada à forma como a pessoa imagina um evento futuro, como por exemplo, o medo de falar em público, onde o ansioso acha que todas as pessoas na platéia vão rir dele.
A ansiedade é
uma distorção de um processo vital para nós, sendo uma sensação absolutamente
normal para os seres humanos. Ficamos ansiosos de vez em quando, seja na
véspera de uma prova ou de uma entrevista de emprego, seja antes de uma
consulta médica, por causa das contas chegando ou da rua escura em que
andaremos mais tarde sendo nesse sentido benéfica para nós. Contudo, existem
situações em que a ansiedade passa a nos dominar, guiando nossas ações e nesse
caso fazemos suposições catastróficas sobre o que vai acontecer em um evento
futuro. Esse processo tem potencial para gerar esperança ou medo, alegria ou
dor. Para que uma pessoa fique ansiosa, ela tem que aumentar a significação de
um perigo, criando assim distorções de algumas situações aparentemente simples,
tornando-se uma verdadeira doença que ao invés de servir para nos proteger e
motivar passa a existir por si mesma, favorecendo o aparecimento de vários
distúrbios e causando insegurança na vida cotidiana.
A ansiedade ao
contrário do medo, não tem um objeto concreto e sim é gerada como uma resposta
a uma ameaça vaga, indefinida. Viver ansioso significa viver com medo de alguma
coisa que não podemos identificar (portanto, não podemos combater) e isso pode
nos tornar inseguros em relação a tudo. Quando apresenta uma intensidade
excessiva e uma duração prolongada, caso a pessoa não consiga manter o controle
sobre suas emoções, é necessário procurar um médico para realizar um tratamento
adequado. Em decorrência da ansiedade patológica é possível que as pessoas desenvolvam
a síndrome do pânico, bem como determinadas fobias direcionadas (como fobias de
animais, ferimentos, morte, tempestades, doenças e altura, entre outras), TOC
(transtorno obsessivo compulsivo), ansiedade generalizada e outras condições
que dificultam muito a vida de quem está doente. Sendo que existe uma relação
entre ansiedade e depressão que deve ser considerada para evitar que quem sofra
com uma doença não desenvolva a outra.
O tratamento
para a ansiedade patológica depende muito de cada caso e deve ser acompanhado
por um psiquiatra. Fatores biológicos para a ansiedade, como a liberação de
certas substâncias pelo cérebro, passam a ser controlados através de remédios e
o paciente busca entender e resolver o que a desencadeou. Os medicamentos usados para o
tratamento desse mal são os ansiolíticos e antidepressivos que podem acabar
deixando o paciente dependente de seu uso. Um dos efeitos adversos dos
antidepressivos pode ser a perda das emoções, deixando a pessoa parecida com um
zumbi, sem reagir a estímulos emocionais. A força de vontade e o auxílio
psicológico são fundamentais nesse processo, assim como o apoio familiar e dos
amigos mais próximos. Como a depressão, ela é uma doença da qual a pessoa
dificilmente conseguirá se livrar sozinha.
Estudos recentes
publicados em uma revista americana afirmam que fazer exercícios físicos
regulares é um dos segredos para vencer a ansiedade. Pararelo a isto, novos
tratamentos emocionais estão sendo divulgados em todo o mundo, a fim de aliviar
a depressão, a ansiedade e o stress com um leque de métodos naturais que se
baseiam mais nos mecanismos de cura natural do corpo do que na linguagem ou nas
drogas.
Caros amigos,
vivemos em uma época em que a sociedade cada vez mais se desenvolve visando o
bem estar e a comodidade do futuro. De crianças a adultos é notória a presença
de preocupações, seja no âmbito
profissional, escolar, familiar, sentimental e espiritual. Sendo crescente o número de pessoas que
trabalham visando especialmente o lado financeiro e isso involuntariamente gera
certa ansiedade.
Em vários
trechos na Bíblia Sagrada Deus adverte seus filhos a não ficarem apreensivos por
qualquer situação, ficando evidente Ele não querer de forma alguma nossa
preocupação com os aspectos que envolvam a vida terrena. Para exemplificar isto, vou encerrar esse arquivo citando
o Evangelho de Mateus, capítulo 06,
versículos 25 a
34 que diz:
“ Por isso, vos digo: não andeis ansiosos
pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo,
mais do que as vestes?
Observai as aves do céu: não semeiam, não
colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta.
Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode
acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
E por que andais ansiosos quanto ao
vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem
fiam.
Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em
toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens
de pequena fé?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que
comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas
estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu
reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de
amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.”
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