Estamos
vivendo a época da Jornada Mundial da Juventude, um evento religioso criado
pelo Papa João Paulo II em 1984, que consiste na reunião de milhões de pessoas,
sobretudo jovens. Durante a sua realização, acontecem diversos eventos como
catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e
shows. As pregações são feitas em diversas línguas. Apesar de ser realizada
pela Igreja Católica, ela representa um convite a todos os jovens do mundo. São
celebradas em intervalos de 2 (dois) ou 3 (três) anos, em uma cidade escolhida
para sediar a grande Jornada.
Em
2013, o Brasil é a sede deste grande evento cristão. O evento ocorre na cidade
do Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho. Pela primeira vez, esse
evento da Igreja Católica ocorre em um país cuja língua portuguesa é
majoritária, e pela segunda vez em um país da América do Sul, sendo que o
primeiro encontro no subcontinente foi realizado na Argentina em 1987.
O
evento se torna ainda mais especial porque será o primeiro encontro da
juventude católica com o carismático Papa Francisco, o argentino Jorge Mario
Bergoglio.
O
tema da Jornada Mundial da Juventude de 2013 foi inspirado em um versículo do
Evangelho de Mateus: Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações! (Mt 28,
19).
Mas,
o que eu escrevi acima tudo mundo já sabe não é mesmo, é uma notícia amplamente
divulgada em todos os meios de comunicação. Então, hoje eu quero escrever sobre
o relacionamento da igreja com os jovens no mundo atual. Nem sempre tranquilo e
por vezes cheio de contestações.
Atualmente,
observamos a falta de importância da religião na vida de muitos jovens. Apenas
a morte de um ente querido, ou episódios de grande aflição pessoal, como por
exemplo, uma doença na família, são os momentos onde o jovem procura socorro na
religião.
Muitas
vezes a influência da Igreja no processo de busca de seus objetivos é quase
nenhuma. É notável a falta de contato pessoal entre a juventude e os líderes
religiosos. Embora, na maioria dos
países ocidentais, os jovens se declarem cristãos, apenas uma pequena minoria
frequenta a igreja assiduamente.
Há
uma clara relação entre a religiosidade e o comportamento ético da sociedade
atual. O jovem afasta-se da igreja por não encontrar na mesma as respostas aos
seus anseios e necessidades pessoais.
A
Fé para muitos se encontra muito fragilizada, o que leva vários deles a
procurar uma mescla do sistema de crença religiosa, ou seja, cada um escolhe
apenas o que mais lhe convém em sua religião ou mistura elementos de outras religiões,
criando assim uma verdadeira miscelânea religiosa. A perda do sentido do pecado
e da distinção entre o bem e do mal imperam em uma sociedade onde tudo é
permitido.
Parece
que predomina entre os jovens uma imagem de um Deus impessoal, descompromissado
que serve só na hora do aperto, especialmente para pedir ajuda e graças. Embora eles não tenham esquecido a prática da
oração, a mesma está perdendo força, na maneira tradicional, continuando ainda
raramente fora da igreja.
A
imagem que a Igreja Católica passa para os jovens é predominante de uma
instituição que mantém as tradições e valores, dedicada a ajudar os pobres e
necessitados, cuidando da vida moral do homem com seus dogmas e suas regras de
conduta. Poucos acreditam que as palavras ditas por ela despertem, por exemplo,
a consciência dos políticos.
Quando
o assunto é confiança, então as pessoas de ambos os sexos são ótimas
confidentes em questões profundamente transcendentes. Os padres dificilmente
são levados em conta, sendo consultados, na maioria das vezes, apenas sobre
assuntos religiosos. O relacionamento afetivo, pessoal, íntimo entre amigos é
considerado para os jovens, muito mais importante que uma religião que é,
fundamentalmente, também amor, amizade e diálogo, só que com Deus.
Estudos
mostram que os jovens sofrem pouca influência religiosa das pessoas que estão
ao seu redor, sendo que ele acaba por escolher sozinho o caminho a seguir. Na
maioria das famílias, o lado religioso não está ausente, mas é pouco cultivado,
não estando realmente vivo. Já em lares desestruturados, a discussão sobre
religião é mínima. Parece mais fácil deixar a religião de lado a fim de
estabelecer uma espécie de pacto familiar implícito, onde para ficarem fora
tema, todos permanecem em silêncio para se ter a paz em casa. Existem também
alguns casais de jovens ateus, que acreditam que a família não deve tentar
incutir aos filhos valores religiosos.
Há
porcentagens significativas de jovens que receberam uma educação católica, mas
que passaram nutrir a indiferença para com a religião, chegando até mesmo ao
ateísmo. Sendo que uma das maiores causas do litígio entre os jovens e a
igreja, está relacionada com a rigidez e inflexibilidade desta última nas
questões que envolvem a sexualidade.
Infelizmente,
a participação dos jovens em associações religiosas está cada vez mais escassa.
Não que eles sejam contra estas. Porém, impera certa indiferença, considerando
a religião como uma escolha pessoal, onde o individualismo está a cada dia
ganhando mais terreno.
Amigos,
um dos pontos mais importantes da Jornada Mundial da Juventude é reforçar o elo
de comunicação entre a igreja representada pelo carismático Papa Francisco e a
juventude de todo mundo. Estabelecendo uma aliança duradoura a fim de defender
os interesses de ambos os lados. Criando um relacionamento maduro e duradouro,
para que a igreja cresça juntamente com os seus jovens. Construindo um futuro
repleto de Esperança, Amor e Paz!
Luís Fernando Bruno
2013
Sugestões de leitura:
I understand what you are saying Luis... I think it is sad that more children are not more spiritual. In my religion, we do all that we can to instill the faith of Jesus Christ and Heavenly Father in them but it is always ultimately up to them. Many of the youth may leave for a time but the majority of them seem to come back eventually:)
ResponderExcluirLaunna... I hope that young people turn to the church, God is the only way and with Jesus we are winners!
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