Os
bebês se comunicam de uma maneira única e maravilhosa, tendo a capacidade de
interagir com o meio em que vivem, mesmo que não falem de uma forma clara para
os pais. Eles possuem a sua própria linguagem, a chamada linguagem dos bebês. O
recém-nascido se expressa através do choro, sendo que cada som deste diferencia-se
de acordo com a necessidade da criança. Trocar a fralda, comer, arrotar, estar
incomodado, sentir cólica ou até mesmo cansaço. Dominar essa linguagem ajuda
muito a vida dos pais, diminuindo extremamente sua angustia e também o estresse
do bebê, criando um laço de maior segurança e conforto entre pais e filhos. Só
com o passar do tempo, à medida que cresce, o bebê vai desenvolvendo novos
elementos para se comunicar, usando de gritos e gestos para ser entendido.
O
bebê recém-nascido já é capaz de distinguir entre o som da voz humana e outros
sons. Então, os pais devem estar atentos à maneira como se comunicam com os pequenos.
Eles são capazes de entender os tons da voz humana identificando o cuidado que
é dispensado para com eles, principalmente pela mãe. Anunciando a comida, o
calor, o abraço, o carinho, o conforto fazendo com que o bebê se sinta
imensamente protegido neste novo mundo maravilhoso.
O
choro continuará a ser o modo de comunicação do bebê durante os primeiros meses
de sua vida, sendo que ele também pode representar novos sentimentos de sua
curta existência. O choro de um bebê pode cessar só ao ouvir a voz da mãe. Ficando
silenciosos, atentos e até mesmo alterando sua expressão facial e postura
corporal.
Normalmente,
o bebê vai reagir ao som da voz sorrindo, agitanto os braços, as pernas e emitindo
sons que para seus pais soam como uma sinfonia. Sendo menos sociáveis quando
ouvem estranhos falando por não reconhecer a voz dos mesmos.
Depois
de aproximadamente quatro a cinco meses, o bebê vai dar sinais claros de ter
entendido a relação de causa e efeito que o seu choro pode causar e isto lhe
permite coordenar-se sabendo que chorando será atendido em suas necessidades. E
ele já é capaz de transmitir conscientemente alguns de seus desejos. A comunicação
realizada através da linguagem corporal faz com que a criança expresse
claramente as suas vontades como, por exemplo, sair da cadeira para ser carregado
nos braços, trocar a fralda ou ir comer.
Então,
o fato de um bebê ainda não ser capaz de pronunciar palavras, de maneira alguma
representa um impedimento para a comunicação com os seus pais. Com o passar do
tempo, apesar de continuar a usar o choro, o bebê expande o seu repertório para
todas as outras formas da comunicação não verbal, sobre a qual falamos Communicare III: Melhorando a comunicação interpessoal.
Sem
dúvida alguma, em minha opinião, não existe nada mais lindo que o sorriso de um
bebê que faz o uso do mesmo para se comunicar. Utilizando também outros gestos,
como franzir a testa, abrir a boca amplamente, esticar os braços ou chutar para
se expressar. Sorrindo novamente quando houve a voz dos pais ou parentes mais
próximos, olha angelicalmente para os seus rostos. A comunicação com o bebê está
diretamente ligada às emoções, além do atendimento de suas necessidades
físicas.
Em
média, a primeira palavra com sentido surge entre os 11 e 14 meses de vida, além
de a linguagem corporal ser muito mais intensa. Desviando e balançando a cabeça
para recusar as coisas, especialmente para não comer mais se estiver sem apetite.
Ouvindo atentamente, absorvendo o que é dito ao seu redor e tentando imitar. Os
gestos de negação estão relacionados às questões de autoafirmação.
O
choro do bebê é uma das mais importantes formas de comunicação da raça humana,
sendo que o fato dele chorar mais ou menos, pode dizer muito sobre o que ele
pode estar sentindo.
O
modo como os bebês se comunicam com o mundo, sem dúvida alguma, é fascinante. O
que acaba deixando os pais cheios de satisfação, ligando-os cada vez mais aos seus
filhos. Esta comunicação ainda é mais importante para a criança porque além
dela ter às suas necessidades atendidas, ela também se sente amada e
compreendida.
Luís Fernando Bruno
2013