A
comunicação sem dúvida alguma sempre foi muito importante para os seres
humanos, desde os tempos mais remotos, sendo que nos dias atuais ela é
indispensável em um mundo tão globalizado. Em nossa primeira postagem,
relacionada ao tema, escrevemos sobre a importância
da comunicação nas organizações, como pode ser visto no artigo Communicare: a importância da comunicação nas Empresas. Hoje vamos falar na relação entre a
comunicação e as Redes Sociais, muito usadas, atualmente, para
relacionamentos interpessoais.
O
conceito de redes sociais é muito mais antigo que a própria internet e elas
representam uma interação social feita por pessoas que se relacionam com o
objetivo de compartilhar valores, ideias e interesses em comum. Em se tratando da
web, a rede social mais antiga foi criada em 1965 e chama-se Classmates.com,
sendo muito popular nos anos 1990 nos Estados Unidos e Canadá. E foi justamente
no final dessa década que aconteceu o chamado boom da internet quando a mesma
começou a ganhar espaço em nossas vidas. Naquela época, a troca de mensagens
via correio eletrônico era a única forma de comunicação entre os usuários da
web. Logo após vieram os comunicadores instantâneos como, por exemplo: o mIRC,
o ICQ e o Messenger. E com o passar do
tempo surgiram o Orkut, que já foi à rede social mais popular no Brasil e por
fim o Facebook, atualmente, a maior rede social do mundo.
As
Redes Sociais podem ser divididas em: Redes sociais genéricas que são as mais
numerosas e conhecidas, como por exemplo, o Orkut, o Twitter, o Facebook, o Myspace e o Google plus. Rede de relacionamentos
profissionais, como por exemplo: o LinkedIn,
Xing e Viadeo, onde os usuários registrados mantem uma lista detalhada
de contatos de pessoas em empresas a fim de trocar experiências ou procurar
emprego. Redes sociais verticais ou temáticas que são baseadas em um tema
específico podendo ligar pessoas com a mesma atividade ou hobby como, por
exemplo, o Flickr.
Esta
disseminação de novas tecnologias de informação levou à transformação das
estruturas sociais e as formas de se relacionar com os outros. Neste processo
de mudança, a lógica das relações sociais é caracterizada pela comunicação
online em um mundo cibernético. Onde são criadas comunidades virtuais, formadas
por indivíduos que se conectam e desconectam com base em suas necessidades e
desejos.
Segundo
alguns conceitos, uma comunidade virtual seria um lugar eletrônico, onde um
grupo de pessoas com objetivos semelhantes se “reuniriam” para trocar ideias
regularmente. Sendo uma extensão de nossas vidas, na qual estamos em contanto
com os nossos amigos, colegas e vizinhos. Podemos observar que elas estão em
expansão em todo mundo, se tornando uma nova forma de relacionamento social e,
ao contrário da comunidade tradicional, esses espaços impessoais são
caracterizados pelo anonimato e pela falta de contato humano.
O
caminho das novas tecnologias de comunicação está intimamente ligado as
mudanças sociais e culturais, surgindo assim os conceitos de uma sociedade em
rede ou sociedade conectada, acabando por transformar o imaginário dos
internautas através de constantes interações entre o virtual e o mundo real.
As
novas tecnologias de comunicação têm criado uma ambiguidade porque de um lado,
elas nos oferecem a possibilidade de conectar e desconectar as relações sociais
de acordo com a nossa vontade e necessidade. Porém, por outro lado, muitas
vezes não conseguimos discernir o real
do virtual criando assim situações que podem ser verdadeiras ou apenas fruto de
nossa imaginação.
Esta
chamada Revolução Cibercultural tem criado para alguns um individulismo sem
medidas, ou seja, pessoas relacionando-se sem vínculos permanentes, duradouros
e verdadeiros. Onde com um simples clic você se desconeta da rede virtual
podendo sair de uma rede de relacionamento, sem ter quer dar explicação alguma.
Mas,
pelo menos neste momento da história, este é um caminho sem volta, no qual a
sociedade contemporânea vive em redes, não em grupos. Mas qual a
diferença entre redes e grupos? Grupos assumem que todos os participantes
conhecem e confiam uns nos outros, enquanto que a essência do trabalho em rede
é um conjunto de interações e intercâmbio de informações, sendo que as pessoas
necessariamente não precisam se conhecer. Conclui-se daí que o conceito de rede
é o imperante em nossos dias, logicamente, isto não significa que os grupos não
existem mais, mas a vida do indivíduo não pode ser reduzida a um grupo
particular. Todavia é frequente a mistura de ambos os modos de interação e
quanto mais tecnologias são desenvolvidas, em resposta às necessidades que
temos de interagir com os outros, mais as formas de organização social acabam afetando
a todos do grupo ou da rede.
As
características da vida moderna, cada vez mais individualistas, são refletidas
em nossas maneiras de interagir com as pessoas e com o meio, sendo que as novas
tecnologias da informação apenas refletem a mudança da maneira como nos
relacionamos.
Luís Fernando Bruno
2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário