Como
já escrevemos em outros artigos da série “Communicare”, vivemos em um mundo conectado, uma verdadeira
aldeia global, onde as distâncias, no tocante as informações, praticamente inexistem.
Ficamos sabendo de fatos ocorridos em qualquer parte do mundo, quase em tempo
real.
Todos
têm direito a essas informações, independentemente da religião, raça, opção sexual,
política, status social, pessoas portadoras ou não de algum tipo de
deficiência.
Nesse
artigo, iremos descrever mais precisamente o uso da comunicação das pessoas
portadoras de deficiência visual. Aliás,
quando falamos desta, inevitavelmente nos lembramos do Braille, um sistema universal
usado no mundo todo, na qual a escrita pode ser feita através de reglete e
punção ou de uma máquina própria para essa linguagem.
O
sistema Braille foi criado na França, pelo jovem cego Louis Braille, a partir
de código da Marinha francesa que possibilitava a leitura de mensagens durante
a noite, em lugares onde qualquer luz denunciaria a posição dos navios de
guerra. Tratando-se de um sistema de leitura e escrita constituída por seis
pontos em relevo que são dispostos em duas colunas de três pontos. Sendo que esses
seis pontos formam a “cela Braille” e a combinação diferentes destes formam as
letras, símbolos e números. Possibilitando a formação de sessenta e três
símbolos diferentes que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas
variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e
químicos e até as notas musicais. Usado em
diversos idiomas, em textos literários, nas simbologias, matemática e
científica em geral, entre outros.
O
Sistema Braille é um modelo de lógica, de simplicidade e de polivalência, que
se tem adaptado a todas as línguas e a toda a espécie de grafias. Com a sua
invenção, Louis Braille abriu aos cegos as portas da cultura, arrancando-os à
cegueira mental em que viviam abrindo-lhes horizontes novos na ordem social e
moral. Tornando-os verdadeiramente cidadãos.
O
Braille impulsionou uma revolução para os deficientes visuais, através dele as
pessoas cegas puderam resgatar sua cidadania. Junto com a alfabetização surgiram
mais oportunidades de se conseguir um bom emprego, fazendo com que os cegos
fossem incluídos social e profissionalmente na sociedade.
Por
este fato, a educação inclusiva tem sido amplamente defendida em muitos países
do mundo, aguçando a curiosidade tanto dos profissionais da educação
quanto às demais áreas profissionais. Devido ao fato, do contato com os deficientes
visuais tornar-se mais evidenciado que em tempos passados.
É
de extrema importância o conhecimento das outras formas de comunicação para a
compreensão do indivíduo nas suas formas de manifestação. Ainda mais com a inclusão
de Deficientes no Mercado de Trabalho. Aliás,
com o tempo as pessoas com deficiência foram se conscientizando que precisavam
continuar progredindo nos estudos para então serem profissionais qualificados. O
empresariado, beneficiado por incentivos fiscais ou tendo que cumprir leis de
cotas, aos poucos vem investindo nas questões de acessibilidade para os
deficientes. Já outros empresários que se adequaram a responsabilidade social
há mais tempo, hoje em dia podem ter certa dificuldade para preencher algumas vagas
reservadas para deficientes, pelo fato de alguns profissionais com deficiência
não terem acessibilidade de sua residência à empresa.
Cabe
ao poder público promover a eliminação de barreiras na comunicação, estabelecendo
mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis aos sistemas, às pessoas
com deficiência sensorial, garantindo a eles o pleno direito de acessibilidade.
Promovendo a cidadania plena a todos os cidadãos, sendo eles deficientes ou não.
Luís
Fernando Bruno
2013
Braille was a wonderful and amazing invention that opened the doors for so many people :)
ResponderExcluirCertainly Launna, all are citizens and deserve the respect of society.
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