Nos
dias atuais, ouvimos muito falar sobre protestos e
manifestações por várias partes do mundo, pelos mais variados motivos. Não
importando muito o modelo ou a ideologia política seguidos, passando por
democracias até ditaduras militares, isto é o que menos importa. Parece que a
população despertou para a vida, buscando a liberdade verdadeira em um mundo
mais justo e com menos diferenças sociais.
O
clamor popular começa a aparecer com mais frequência, desde manifestações bem
organizadas, até aquelas mais violentas que por vezes acabam em atos de
vandalismo, resultando a ataques a supermercados, lojas, bancos, entre outros.
Era
inevitável que uma hora ou outra isto acontecesse, sendo as manifestações
pacíficas totalmente justificadas. Gastos astronômicos, somados a corrupção nos
altos escalões dos governos de diversos países fizeram com que a sociedade
acordasse e se posicionasse de maneira contraria aos regimes dominantes.
Usando de metáfora, podemos comparar a
situação de muitos países, a um carro desgovernado descendo uma ladeira íngreme
em velocidade máxima. Fatalmente
ocorrerá um acidente, sendo que, obviamente, ninguém quer a morte do
condutor, no caso o governante, porque
os passageiros, no caso a população em geral também será afetada. No entanto, é
possível escolher um motorista melhor, no caso outro governante que saberá
conduzir o carro, no caso a nação, na
direção correta. Evitando “acidentes” e dirigindo os destinos de seu povo com
mais responsabilidade.
O
limite de tolerância da população parece ter chegado ao máximo. O povo está
tomando consciência de que os impostos arrecadados são usados de maneira
totalmente equivocada, privilegiando uma classe dominante, ao invés da grande
maioria que vive lutando para sobreviver dignamente. Não contando com recursos
básicos como a saúde, educação, trabalho, segurança pública, entre outros. Nos
regimes neoliberais, os cidadãos estão assumindo a maioria dos custos pagando a
maior parte da conta e não usufruindo dos benefícios.
Onde
estão os nossos líderes? Muitos dos que estão no governo já demonstraram que
não são dignos representantes dos cidadãos. O que prometem em épocas de
campanha eleitoral quase nunca é cumprido, muito pelo contrário, por vezes fazem
o inverso do que dizem. Quando eleitos tratam os cidadãos como inimigos
declarados do estado, como culpados pela crise no país, quando na verdade eles
realmente querem ver a nação prosperar.
Alianças
políticas por vezes imorais beneficiam determinados grupos em detrimento a
outros. Com falsos líderes que passam de heróis a vilões, acabando com as
esperanças da população que depositou neles toda a sua confiança.
O
mais importante é que a visão da população está mudando, por mais que os
governantes e a imprensa pró-governamental
tentem esconder esses fatos, a realidade é que a sociedade está
começando a se mover contra as injustiças sociais. O discurso das pessoas está mudando, até mesmo
o cidadão mais pacato está repensando os seus valores.
Não
sou a favor de uma luta armada, ou atos de violência, porém protestos e
manifestações pacíficas são legítimos e inevitáveis. O início da “Revolução
Pacífica” começou. Alguns paradigmas e dogmas já começaram a ser quebrados.
Sopra o vento da mudança, da liberdade com o sonho de um mundo novo, em uma
sociedade mais igualitária e justa. Onde haja menos abuso do poder e a maioria
da população seja beneficiada.
Luís
Fernando Bruno
2013
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