Amigos
durante muitos anos os indivíduos portadores de deficiências foram considerados
como sendo aberrações da natureza por serem diferentes dos demais membros da
sociedade. Entre estes estavam os surdos que sofreram vários atos hostis
praticados por pessoas ignorantes. Contudo, no século XX, as coisas começaram a
mudar, principalmente com a promulgação, em 1948, da Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
Além
disto, sem dúvida alguma, um dos fatores que auxiliam para inserção de uma
pessoa ou grupo em uma sociedade é uma boa comunicação com os demais membros
que compõe a mesma. Daí vem à importância da chamada Língua de Sinais ou
Gestual para as pessoas com surdez, porque através dela os surdos são capazes
de se relacionar com os demais expressando suas opiniões e pontos de vista.
A língua de sinais ou gestual representa um
campo ainda a ser descoberto pela maioria das pessoas. Como o próprio nome já
define é uma língua que se utiliza de gestos, sinais e expressões faciais e corporais,
em vez de sons na comunicação. Sendo as línguas naturais de cada comunidade de surdos,
ao redor do globo. Há no mundo muitas línguas de sinais usadas como forma de
comunicação entre pessoas surdas ou com problemas auditivos. Muitas delas
receberam reconhecimento oficial em vários países.
A
língua de sinais é uma língua natural como qualquer outra que o indivíduo usa
para se comunicar, identificar e participar ativamente na sociedade. Promovendo,
assim, o pleno potencial e o bem-estar da população surda.
Não
se sabe quando as línguas de sinais se iniciaram, mas sua origem remonta
possivelmente a épocas anteriores àquelas em que foram sendo desenvolvidas as
línguas orais. Sendo criações espontâneas do ser humano foram se aprimorando com
o passar do tempo, exatamente da mesma forma que as línguas orais.
Cada
país tem a sua própria língua gestual, como por exemplo, no Brasil existe a
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), em Portugal existe a Língua Gestual
Portuguesa (LGP), em Angola a Língua Angolana de Sinais (LAS), em Moçambique a
Língua Moçambicana de Sinais (LMS), nos Estados Unidos a Língua Americana de Sinais
(ASL) ou Ameslan, na Grã Bretanha a Linguagem Britânica de sinais (BSL) e na
França a Linguagem Francesa de sinais (LSF), entre outras em vários países ao redor
do mundo. Aliás, a LSF é a origem para muitos dos sinais usados pelas
demais línguas.
Um
fato interessante, curioso e que pode parecer estranho para quem não entende a
linguagem dos sinais, mas os países que possuem a mesma língua falada não têm
necessariamente uma linguagem de sinais em comum. Bem como, embora existam
aspectos universais, pelos quais se regem todas as línguas de sinais ao redor
do globo, a comunicação gestual dos surdos não é universal. As línguas de
sinais, assim como as orais, pertencem às comunidades onde são usadas, tendo
apresentado diferenças consideráveis entre elas, o que provavelmente provocaria
dificuldades de comunicação entre surdos de nações diferentes.
A
língua de sinais é importante para a comunidade surda, porque elas fazem parte
dos elementos que fortalecem a sua identidade ampliando suas oportunidades de
participação social. Além disso, o seu uso questiona a noção de que os surdos
são pessoas com deficiência.
Ela
deve ser ensinada desde a idade mais precoce para que a criança surda tenha a
capacidade de se comunicar em casa, bem como socialize com seus amigos, usando
uma linguagem natural acessível ao canal visual-gestual.
O
desenvolvimento gradual da língua de sinais auxilia na aprendizagem da
linguagem escrita escolar, que é bem mais complexa. A língua de sinais é
essencial para a realização de atividades acadêmicas, tais como análise,
síntese e avaliação. Inicialmente, a pessoa surda desenvolve sua formação
acadêmica cognitivo em língua de sinais transferindo em seguida para a
linguagem escrita. A prática faz uma pessoa traduzir automaticamente a partir
de uma língua para a outra e dominar as duas em cerca de quatro anos. (No
próximo post estarei escrevendo mais detalhadamente sobre a utilização da
língua de sinais na vida acadêmica de uma pessoa surda, bem como, o seu
relacionamento com os demais que não a usam).
Concluindo,
diferentes estudos apontam que os seres humanos têm uma capacidade inata para a
linguagem humana, ou seja, de qualquer forma eles tentam se comunicar criando os
códigos necessários para isso. Outra conclusão é que a variação de línguas de
sinais é bem ampla. No entanto, o progresso no estudo das mesmas permite uma
maior normalização diminuindo assim as diferenças, o que proporciona as pessoas
surdas um padrão acadêmico a ser seguido.
A
importância no estudo das línguas de sinais também é vital para compreendermos
os fenômenos universais de linguagem, bem como, o seu relacionamento com processos
cognitivos humanos.
Amigos
a Língua de Sinais deve ser utilizada tanto pelos surdos, como também, pelas
pessoas que convivem com os mesmos e no meu ponto de vista, ela deveria ser
ensinada para todos os demais membros da sociedade.
Luís
Fernando Bruno
2013
I think sign language has been wonderful for the deaf community and I have learned a little over the years... not enough to communicate effectively but a little.
ResponderExcluirCongratulations Launna, you are really special ... as I wrote in the text, everyone should learn sign language. This text is the first of many I will write about it. :)
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