O Bullying
compreende todas as formas de atitudes agressivas, tanto físicas como
psicológicas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente,
adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s) colega(s), causando dor e
angústia para quem o sofre. Infelizmente, está se tornando muito comum entre
crianças e adolescentes nas escolas públicas e privadas.
Esse fenômeno
ocorre com os meninos e meninas, não tendo um perfil específico. Os valentões perseguem
uma criança porque acham que ela é um "nerd", por ser tímido ou
pensar e se comportar diferente. Entre as formas mais comuns de bullying estão
o insulto a vítima, ataques físicos repetidos contra a mesma ou objetos de sua propriedade,
a exclusão do aluno do grupo social, a injúria, a calúnia ou difamação, a
perseguição, a chantagem e a
discriminação, dentre tantos outros exemplos que poderíamos citar. Sendo que
também está se tornando comum o cyberbullying, onde são criadas páginas falsas
sobre a vítima em sites de relacionamento como o facebook, twitter, orkut e
outros.
Não é raro os
professores se sentirem impotentes quando ocorre esse tipo de problema. Mas o
que fazer? Ao surgir uma situação em sala de aula, a intervenção deve ser
imediata. Não devendo ocorrer à omissão do professor, sendo que mesmo deve ser
o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo. Logicamente que a existência de brincadeiras entre colegas no ambiente escolar é absolutamente normal, mas é
necessário distinguir entre uma piada aceitável e uma agressão. E isso não é tão
difícil como parece, bastando o professor se colocar no lugar da vítima. O
apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim. O educador
deve incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por
meio de conversas, campanhas de incentivo a paz e a tolerância, trabalhos
didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis
em um conflito, desenvolver em sala de aula um ambiente favorável a comunicação
entre alunos e principalmente quando um estudante reclamar de algo ou denunciar
o bullying, procurar imediatamente a direção da escola, não tentando colocar
panos quentes na situação.
A participação
dos pais em conjunto com a escola também é muito importante para resolver os
casos de bullying, sendo fundamentais para a resolução da questão, mesmo que
inicialmente eles achem que os filhos
não são culpados pela situação. A conversa precisa ser calma, evitando o tom de
acusação. Deve ser explicado aos pais
que alguns comentários simples, que julgam inofensivos e divertidos, são
carregados de ideias preconceituosas. Muitas vezes, a escola trata de forma
inadequada os casos relatados por pais e alunos, responsabilizando a família
pelo problema. Sendo papel dos educadores sempre dialogar com os pais sobre os
conflitos, seja o filho alvo ou autor do bullying, pois ambos precisam de ajuda
e apoio psicológico.
O tema bullying
deve ser trazido para o cotidiano da escola, fazendo com que os alunos discutam as relações interpessoais. Questionando
por exemplo os estudantes sobre os critérios que adotam para valorizar ou
desprezar um colega. Colocações como essas devem fazer parte das conversas com
os alunos antes mesmo de o bullying se manifestar. A escola não deve ser apenas
um local de ensino formal, mas também de formação de cidadões que tenham
conhecimento de seus direitos e deveres, com noções de amizade, cooperação e
solidariedade. Todos nós devemos reagir contra o bullying fazendo com isto que diminua a violência, não só entre os estudantes, bem como na sociedade em geral.
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